15 Exercícios de Pilates no Tratamento da Lesão de Menisco
- Admin
- 10 de jul. de 2018
- 12 min de leitura

O joelho é uma das articulações mais complexas do corpo e também uma das articulações mais suscetíveis à algumas lesões, em decorrência da sua estrutura anatômica, biomecânica, e das suas demandas funcionais, como é o caso da lesão de menisco.
Por estes motivos é muito comum receber no nosso Studio de Pilates pacientes que relatam dor e/ou lesões no joelho, e também pacientes pós cirurgia de joelho.
A lesão de menisco, juntamente com as lesões ligamentares, abrangem grande parte das lesões de joelho, dada a importância em conhecê-las, identificá-las e diferenciá-las para a elaboração de um programa de aulas adequado.
Este artigo irá abranger uma revisão anatômica e biomecânica das estruturas da articulação do joelho, os mecanismos das lesões meniscais, e a forma de reabilitação dessas lesões por Método Pilates.
Anatomia do Joelho

O joelho é uma articulação sinovial do tipo gínglimo, porém mais complexo, pois além dos movimentos de flexão e extensão, possui também um componente rotacional quando em flexão. Pode ser dividido em duas articulações: femoro-patelar e femoro-tibial.
A porção distal do fêmur é formada por dois côndilos que se articulam com a parte proximal da tíbia (o platô tibial), dividindo o joelho em dois compartimentos lateral e medial. A patela desliza no sulco formado entre os côndilos femorais. A fíbula não entra na articulação, ela apenas se relaciona com a parte proximal da tíbia.
Além das estruturas ósseas, a articulação do joelho é composta por:
Cartilagem Articular
Bursas Sinoviais
Ligamentos
Cápsula Articular
Meniscos
Músculos
Tendões
Revestindo as extremidades ósseas há a cartilagem articular, que tem como função permitir o deslizamento normal da articulação e absorver os impactos.
A estabilização da articulação é feita por fortes ligamentos (ligamentos cruzados anterior e posterior, e ligamentos colaterais laterais e mediais) e pela cápsula articular.
Os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas semicirculares localizados entre os côndilos femorais e o platô tibial, cujas funções são:
Estabilização da Articulação do Joelho – Juntamente com os ligamentos, mantendo a articulação alinhada durante a execução dos movimentos.
Transmissão de Forças – Evitando que o peso corporal seja transmitido diretamente no ponto de contato entre fêmur e tíbia.
Absorção de Choques
Nutrição da Cartilagem
Lubrificação Articular – Melhora a distribuição de líquido sinovial.
Propriocepção – Função não menos importante mas muitas vezes esquecida, por meio de mecanoceptores localizados na inserção da capsula articular.
Os meniscos recebem vascularização apenas no seu terço periférico, o que explica a lenta resposta ao processo inflamatório e cicatricial.
Por fim, as estruturas músculo-tendinosas revestem a articulação do joelho que produzem os movimentos de flexão e extensão da perna, e também um certo grau de rotação, especialmente do côndilo lateral do fêmur em torno do eixo de rotação daquela articulação.
A flexão do joelho é realizada principalmente pelos músculos isquiotibiais (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso) e por músculos auxiliares grácil, poplíteo e gastrocnêmio.
Já a extensão é realizada pelos músculos que formam o quadríceps (reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio e vasto medial) e é auxiliada pelos músculos tensor da fáscia lata e glúteo máximo.
A rotação interna é feita pelos músculos semitendinoso, semimembranoso, sartório, grácil e poplíteo. E a rotação externa, pelos músculos bíceps femoral e tensor da fáscia lata e fibras laterais do musculo glúteo máximo.
Alguns destes músculos (reto femoral, vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio, bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso) que movem a perna atuando na articulação do joelho são biarticulares, agindo sobre a articulação do quadril bem como sobre a do joelho.
O que é Lesão de Menisco?
A lesão de menisco é ocasionada por forças excessivas de compressão e cisalhamento em meniscos normais ou degenerados.
Em crianças, a lesão meniscal é extremamente rara. Em indivíduos jovens e adultos, a estrutura do menisco é mais resistente e elástica, portanto os mecanismos de lesão mais prováveis são causados por alguma atividade esportiva ou episódios traumáticos.
Isso acontece principalmente em mudanças bruscas de direção, entorse com joelho flexionado ou semi-flexionado, submetendo o menisco à carga excessiva e comprimindo-o entre fêmur e tíbia.
Quando as lesões ocorrem nesses pacientes jovens e ativos (13 a 40 anos), é de extrema importância preservar e minimizar as alterações degenerativas.
Já com o passar da idade, inicia-se um processo de degeneração dos meniscos, com perda de elasticidade, hidratação e até vascularização, sendo que até movimentos de torções realizados nas atividades do dia a dia podem levar à lesão meniscal.
O menisco medial está mais aderido ao platô tibial sendo, portanto, menos móvel e mais suscetível à lesão. Já o menisco lateral é mais móvel, e mais resistente à lesão de menisco e a característica clínica é importante para determinar o tipo de tratamento e prognóstico.
A lesão de menisco pode ser classificada de acordo com o padrão de lesão ou pela vascularização. De acordo com os padrões da lesão (orientação e aparência), podem ser classificadas como obliqua, longitudinal (mais conhecida como lesão em alça de balde), transversa e horizontal.
E, de acordo com a vascularização, podem ser descritas como lesão da zona vermelha (área periférica e mais vascularizada), zona intermediária (irrigada apenas na área periférica), e zona branca (central e avascular). Vale ressaltar que quanto mais vascularizada a região, maior a probabilidade de cicatrização.
Grande parte dos pacientes com lesão de menisco apresentam também outras disfunções articulares associadas, como lesão do ligamento cruzado anterior associada à lesão de menisco medial.
Os sintomas mais comuns pós lesão de menisco compreendem:
Dor aguda no momento da entorse, podendo estar acompanhada de estalido.
Dor localizada próxima ao menisco acometido ou dor generalizada na articulação do joelho.
Dor na parte posterior do joelho (principalmente ao agachar e ao subir e descer escadas).
Edema e derrame articular (devido ao sangramento do menisco e acúmulo de liquido sinovial).
Bloqueio da amplitude da articulação do joelho (principalmente extensão).
Dificuldade para deambular.
A longo prazo paciente pode relatar atrito no joelho (devido ao desgaste articular).
O diagnóstico clinico da lesão de menisco é feito pelo médico ortopedista por meio de uma anamnese detalhada para descobrir o mecanismo de lesão e exame físico.
Essa anamnese inclui palpação da interlinha do joelho, presença de derrame articular e limitação da amplitude de movimento, e a aplicação dos testes clássicos de Mc Murray, Apley e Steinmann.
O exame de imagem mais utilizado para diagnóstico complementar é a ressonância magnética, pois permite a observação de lesões associadas na cartilagem e/ou ligamentos.
Tratamento da Lesão de Menisco
As opções de tratamento da lesão de menisco variam de acordo com o tipo de lesão e acometimento meniscal.
Nos casos de lesões estáveis e parciais, cujos sintomas são bem tolerados pelo paciente, o tratamento conservador é indicado, com o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia e redução/ limitação das atividades esportivas.
Porém o tratamento cirúrgico é indicado caso os sintomas permaneçam após o tratamento conservador, em casos de lesões com interposição de fragmento do menisco travando a articulação ou nos casos de lesões da zona branca (devido ao baixo potencial de cicatrização).
Hoje em dia a artroscopia é o método mais utilizado por ser minimamente invasivo, e o procedimento é escolhido de acordo com o acometimento meniscal (menistectomia total ou parcial, ou sutura meniscal), sempre preservando o máximo de menisco possível, evitando alterações degenerativas futuras.
Após liberação médica a fisioterapia é indicada tanto no tratamento conservador como no tratamento pré e pós-cirúrgico e o quanto antes for iniciada a fisioterapia, melhores serão os resultados na recuperação da função.
Os objetivos do tratamento fisioterapêutico baseiam-se na redução do quadro álgico e do processo inflamatório, restauração das amplitudes de movimento e da força muscular, trabalho de equilíbrio e propriocepção, restauração da marcha, e consequente retorno às atividades de vida diária e das atividades esportivas.
A fisioterapia possui muitas técnicas que podem ser utilizadas nas lesões meniscais, dente elas estão:
Cinesioterapia
Eletroterapia
Crioterapia
Massoterapia
Terapias Manuais
Acupuntura
Método Pilates
Como o Método Pilates pode auxiliar no Tratamento?
O Método Pilates pode ser aplicado como um método de prevenção e reabilitação de diversas patologias do joelho, como no caso da lesão de menisco, justamente pelo fato de trabalhar a precisão do controle muscular, coordenação e fluidez do movimento, sem impor desgaste articular.
O fato de os exercícios serem realizados seguindo os princípios do Método, de maneira lenta e progressiva, individualizados e supervisionados por profissionais devidamente qualificados, também fazem dele uma ótima escolha para o tratamento.
É de grande importância para o tratamento da lesão meniscal o conhecimento da fase em que o tratamento se encontra, a idade do paciente, as limitações funcionais e atividades que praticava antes da lesão.
Uma avalição criteriosa das amplitudes articulares do joelho e articulações associadas (quadril e tornozelo), das funções musculares, das limitações funcionais e do impacto da lesão na marcha devem ser realizadas para que a partir daí o instrutor possa elaborar o programa de tratamento específico para o paciente.
Os objetivos gerais do tratamento por meio do Método Pilates incluem a diminuição da dor e do processo inflamatório, recuperação da mobilidade do joelho, estabilização articular, restauração da força muscular, e melhora do equilíbrio, coordenação e do alinhamento corporal.
Para se ter uma articulação saudável é necessário o equilíbrio entre músculos fortes e flexíveis. Na fase inicial do tratamento são indicados exercícios de mobilização articular passiva e ativa sem o uso de carga, e o trabalho de isometria de isquiotibiais e quadríceps.
Podem incluir exercícios de alongamento ativo nesta fase, para a redução de tensões musculares, melhora da amplitude de movimento, ativação da circulação, diminuição do atrito entre as estruturas articulares e estimulação dos mecanorreceptores.
Logo após podemos inserir gradualmente os exercícios de cadeia cinética fechada, com o trabalho de força dinâmica, inicialmente bilateral, progredindo para apoio unilateral que exige um maior recrutamento muscular.
Esses exercícios de fortalecimento são imprescindíveis para estabilizar a articulação e a estimulação proprioceptiva é também essencial, porém em fase mais avançada do tratamento, para melhora do controle neuromotor, do equilíbrio e da marcha.
Devemos lembrar sempre que o trabalho deve ser global, enfatizando também a mobilização e reforço muscular das estruturas adjacentes, como coluna, quadril e tornozelo, e também o membro contralateral à lesão, pois este também pode apresentar perda de força e função.
Progressivamente o paciente irá relatar melhora da dor e função, retornando às atividades normais.
Principais Exercícios para Reabilitação de Lesão de Menisco
1) Alongamento Posterior
Objetivo: Alongamento de isquiotibiais e flexores de quadril contralateral.
Posição Inicial: Paciente em pé no Cadilac, em frente à alça, um dos membros inferiores com joelho estendido e o outro com uma leve flexão de quadril e pé apoiado na alça, e membros superiores flexionados segurando as barras superiores do aparelho.
Movimento: Paciente deve realizar a flexão de quadril e coluna, inclinando o corpo à frente, retornando à posição inicial.
2) Alongamento de Quadríceps e Iliopsoas
Objetivo: Alongamento de quadríceps e iliopsoas.
Posição Inicial: Paciente em pé no Cadilac, de costas para a alça, com um dos membros inferiores com joelho estendido e pé apoiado no aparelho e o outro membro inferior com joelho flexionado e pé apoiado na alça, e membros superiores flexionados segurando as barras superiores do aparelho.
Movimento: Paciente deve realizar extensão do quadril deslizando a alça posteriormente, e flexão do joelho do outro membro inferior, retornando à posição inicial.
3) Leg Series On Side: Quadríceps
Objetivo: Decoaptação da articulação femoro-tibial.
Posição Inicial: Paciente em decúbito ventral no Cadilac, com o membro inferior estendido e outro membro inferior com quadril e joelho estendidos e pé preso na alça.
Movimento: Paciente deve realizar a flexão do quadril e joelho, tensionando a mola para baixo, retornando à posição inicial.
4) Knee Extension
Objetivo: Fortalecimento de quadríceps, glúteo máximo e abdominais
Posição Inicial: Paciente em decúbito dorsal na meia lua, cabeça apoiada no solo, e coluna lombar encaixada na meia lua. Membros superiores ao lado do corpo, membros inferiores elevados com quadril e joelhos flexionados.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão de joelho, retornando à posição inicial.
*Variação: Pés em posição de V. com quadril em rotação externa.
5) Alongamento Lateral no Barrel
Objetivo: Alongamento de adutores de quadril
Posição Inicial: Paciente ao lado do Barrel, joelhos estendidos, um membro inferior apoiado no solo e outro membro inferior com quadril abduzido e apoiado no Barrel. Membros superiores com ombros abduzidos na altura dos ombros.
Movimento: Paciente deve realizar a flexão lateral de coluna, abduzindo o ombro contralateral ao Barrel, retornando à posição inicial.
6) Tower
Objetivo: Fortalecimento de quadríceps, tríceps sural, e alongamento da musculatura posterior.
Posição Inicial: Paciente em decúbito dorsal no Cadilac, membros superiores ao lado do corpo e membros inferiores com quadril e joelhos flexionados e pés apoiados na barra torre.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão dos joelhos e quadril, retornando à posição inicial.
*Variação 1: Mesmo movimento e posição anterior, porem com os pés apoiados em V, em rotação externa do quadril. para ativação da musculatura adutora do quadril.
*Variação 2: Mesmo movimento que o anterior e posição anterior, porém com apoio unilateral.
7) Hip Stretch
Objetivo: Fortalecimento de quadríceps, glúteos, tensor da fascia lata e alongamento de adutores.
Posição Inicial: Paciente em decúbito lateral no Cadilac, membro inferior do aparelho com joelho estendido, e membro inferior contralateral ao aparelho com joelho e quadril flexionados e pé apoiado na barra torre.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão do joelho e quadril, retornando à posição inicial.
8) Stomach Massage Series
Objetivo: Alongamento de musculatura posterior e mobilização da coluna
Posição Inicial: Paciente sentado no Reformer, membros inferiores com joelhos e quadril flexionados e pés apoiados na barra de pés, os membros superiores com mãos ao lado dos pés segurando a barra.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão de quadril e joelho, sem soltar as mãos da barra, flexionando a coluna. Após, retornar à posição inicial.
9) Stomach Massage Series: Hands Back
Objetivo: Alongamento de musculatura posterior, mobilização de joelho e fortalecimento de paravertebrais.
Posição Inicial: Paciente sentado no Reformer, membros inferiores com joelhos estendidos e pés apoiados na barra, e membros superiores em hiperextensão de ombros, com mãos apoiadas no aparelho.
Movimento: Paciente deve realizar a flexão de um joelho associada a flexão plantar do tornozelo, alternando as pernas sucessivamente, retornando à posição inicial ao final da série.
10) Front Splits – Variação
Objetivo: Fortalecimento de glúteo máximo, alongamento de quadriceps, alongamento de isquiotibiais.
Posição Inicial: Paciente em pé, ao lado do Reformer, o membro inferior contralateral ao aparelho como membro de apoio no solo. O outro membro inferior com quadril em hiperextensão, joelho flexionado e pé apoiado no aparelho. Membros superiores apoiados na barra a frente.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão de quadril e de joelho do membro inferior sobre o aparelho, o membro inferior de apoio realiza a flexão do quadril e joelho e, após, retorne à posição inicial.
11) Leg Extension
Objetivo: Fortalecimento de quadríceps.
Posição Inicial: Paciente em decúbito dorsal no Reformer, membros inferiores com quadril e joelhos flexionados e pés apoiados nas alças, e membros superiores ao lado do corpo.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão quadril e de joelhos, retornando à posição inicial.
12) Frog
Objetivo: Fortalecimento de quadríceps e adutores de quadril
Posição Inicial: Paciente em decúbito dorsal no Reformer, membros inferiores com quadril e joelhos flexionados e abduzidos com os pés apoiados nas alças, e membros superiores ao lado do corpo. Mantenha o quadril em rotação externa.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão de quadril joelhos, retornando à posição inicial.
13) Footwork Double Leg Pump
Objetivo: Fortalecimento de quadríceps e tibial anterior
Posição Inicial: Paciente sentado na cadeira, membros inferiores com joelhos flexionados e calcanhares apoiados no pedal, membros superiores com as mãos segurando as barras laterais.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão do joelho, pressionando os pedais para baixo, retornando à posição inicial.
*Variação: Mesma posição e movimento que anterior, com pés apoiados em V, mantendo o quadril em rotação externa, para fortalecimento dos músculos adutores de quadril.
14) Pumping One Leg
Objetivo: Fortalecimento de quadríceps, e fortalecimento de reto femoral e iliopsoas contralateral.
Posição Inicial: Paciente sentado na Cadeira, um membro inferior com quadril e joelho flexionados com a ponta do pé apoiada no pedal e outro membro inferior com joelho estendido em contração isométrica, e membros superiores com as mãos segurando as barras laterais.
Movimento: Paciente deve realizar a extensão do joelho, mantendo o outro membro inferior em isometria, retornando à posição inicial.
15) Hamstring Stretch
Objetivo: Alongamento de isquiotibiais e mobilização de coluna
Posição Inicial: Paciente em pé em frente à cadeira, membros inferiores com joelhos estendidos e coluna levemente flexionada com mãos apoiadas no pedal.
Movimento: Paciente deve realizar a flexão de coluna associada a flexão do quadril, empurrando o pedal para baixo, sem flexionar os joelhos, retornando à posição inicial.
Restrição de Exercícios para Pacientes com Lesão de Menisco
Exercícios que causam dor devem ser restringidos, bem como amplitudes máximas de movimento da articulação afetada.
Posturas ajoelhadas não são indicadas durante o tratamento devido à sobrecarga na articulação.
Movimentos de hiperflexão e rotação do joelho com o pé fixo no solo também são proibidas, por serem os mecanismos de lesão de menisco.
Cuidados durante o Tratamento da Lesão de Menisco
Como o tipo e evolução da lesão de menisco bem como a resposta ao tratamento variam de acordo com o paciente, devemos ficar sempre alertas aos sinais de esforço relatados pelo paciente, como dor e inchaço articular pós exercício ou desconforto durante a execução dos exercícios.
Devemos tomar bastante cuidado com os ângulos dos movimentos trabalhados, favorecendo os ângulos funcionais e evitando as amplitudes máximas nos exercícios.
As cargas e o número de repetições dos exercícios devem ser trabalhadas de forma gradual e progressiva, evoluindo também os exercícios de apoio bilateral para apoio unilateral.
Seu paciente irá ser o seu guia durante o tratamento, demos ficar sempre atentos a ele.
Concluindo…
O joelho é uma das maiores articulações do corpo e uma das mais vulneráveis à lesão, acarretando inúmeras limitações funcionais quando lesionado.
Nos casos da lesão de menisco – estrutura fibrocartilaginosa importante para estabilização da articulação do joelho – tanto o tratamento conservador como o tratamento pré e pós-cirúrgico podem ser feitos por meio do Método Pilates.
O Pilates é um ótimo recurso para a reabilitação de lesões em geral, com poucas contra-indicações relativas, o que permite sua ampla aplicação e que propõe muitos benefícios, que vão desde diminuição do processo inflamatório ao ganho de amplitude de movimento, flexibilidade e força muscular.
Os exercícios propostos pelo Pilates são livres de impacto, sobrecarga articular e compensações, e podem ser realizados por qualquer paciente, desde atletas e idosos (indivíduos mais suscetíveis a este tipo de lesão meniscal), sempre respeitando as condições suas condições individuais e os princípios do Método.
Fonte: AMATUZZI. Estado da Arte no Tratamento das Doenças Meniscais no Joelho. Revista Brasileira de Ortopedia. 2000.CASTRO. Anatomia Fundamental. 1989JONES. Lesões meniscais: diagnóstico e orientação terapêutica.LAURINO. As Lesões Meniscais no Joelho. Atualização em Ortopedia e Traumatologia do Esporte.NETTER. Atlas de Anatomia Humana. 2000.PINHEIRO. Reabilitação pós menistectomia. Revista Medicina Desportiva Informa. 2011.SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA. Projeto Diretrizes: Lesão Meniscal. 2008
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